LIVRO Rio do Braço PDF Osman Matos

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Resumo

” As estórias e a história de Rio do Braço nos são contadas em terceira pessoa pela personagem Cecílio, que ora dá voz ao povo da cidade, a alguém em particular, ora personifica o próprio município, como se casas, ruas, rios etc. confidenciassem o que ali se passou em um determinado recorte de tempo. O romance assume ares de um realismo mágico a la García Márquez exatamente no trecho em que Cecílio decide sair desta para melhor. Seu corpo, estirado em um banco de tábua, foi crescendo, crescendo, tomando conta da cidade. Em versos, o autor passa em revista todo o processo da produção cacaueira que tanta fama e riqueza emprestou à região, tornando-a, por exemplo, cenário de romances do conterrâneo Jorge Amado, e até de novela de televisão, no caso, “Renascer”, de 1993, escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luiz Fernando Carvalho e Mauro Mendonça Filho. Os personagens excêntricos que cada cidade de interior tem estão lá também, em Rio do Braço, nas figuras dos paus-d’água Verdião e Merquinho e Jeep Doido. Rio do Braço é um tributo que Osman Matos presta à cidade onde nasceu e ao tempo em que ali viveu. É também denúncia, por tudo que ali ruiu. Impressionam a memória prodigiosa do autor, certamente apoiada por intensa pesquisa, como também a minuciosa descrição de fatos que só quem morou em cidade pequena de interior irá sentir, a exemplo da chegada de ciganos, circos e parques de diversão. O livro finaliza com reportagens e artigos que formam um painel informativo interessante sobre a singularidade da “terra do cacau”. (Willam Costa. escritor y periodista de periódico “A União” (La Unión) João Pessoa-PB-Brasil).”Osman Matos retoma uma temática que es muito cara aos grandes romancistas do Nordeste, principalmente os romancistas do movimento modernista, porque se fala do regionalismo nordestino… Puro preconceito, ¿não? Machado de Assis só escreveu sobre o Rio de Janeiro r não é regionalista. Mas entre nós, universidade, se inventou isso, e o que temos aqui é o quê? o modernismo do Nordeste quem vai tematizar o desenvolvimento do capitalismo no Nordeste. É isso que mata Cecílio, imenso, o personagem que narra a história.””O que eu digo é que o livro se insere nas tradições literárias das melhores da nossa região não só da Bahia, mas do Nordeste, que não é só Osman que está escrevendo. Há uma retomada hoje entre vários autores paraibanos e nordestinos porque a gente parece que notou que a gente, o desenvolvimento da coisa, do produto, não é o desenvolvimento humano. E a literatura significa antes de tudo, o sonhar acordado das humanidades, ou seja, a gente cresce, transforma o caos, organiza em palavras.” “E aí Osman faz isso! Dá uma retomada legal, uma recriação no nosso universo e que qualquer um ou uma de nós a gente se identifica com o personagem, a gente se identifica com a mudança, a importância do cacau na região da Bahia para o seu crescimento econômico, os perigos, e de tal sorte que eu sugiro a vocês uma boa leitura.” (WILMA Martins Mendonça – Doctora em Teoria da Literatura pelo Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Pernambuco UFPE e professora na UFPB – João Pessoa – PB – Brasil).