LIVRO Oração Subordinada PDF Isabel Série/ PS
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Resumo
Com uma narrativa densa e rarefeita em terceira pessoa, “Oração Subordinada” nos propõe em prosa e poesia a descoberta de vozes e linguagens que coabitam no mesmo espaço: a mulher que usa a gramática como um tarô . Um homem que segue preso pelos erros propositais de quem vê na fala e na escrita um campo aberto para a livre interpretação. E a gramática que, como advogada de defesa dos códigos que compõe o idioma, é usada pela mulher que não entende os acontecimentos e pelo homem que não consegue provar a inocência.Ao se deparar com uma investigação policial fajuta, a mulher procura na Gramática o aconselhamento, por vezes , uma explicação cabível. Por sua vez, um réu, julgado pelas palavras, vê enterrada para sempre a conjunção adversativa toda vez que tenta mostrar o outro lado dos fatos. A versão que a polícia não aceita. Trechos curtos ou simplesmente exemplos da Gramática dos Usos do Português, escrito pela linguista Maria Helena de Moura Neves, editora Unesp, são transcritos para explicar a vida dos dois personagens que, por sua vez, dão vida ao que diz a gramática.A poesia é chamada a depor neste universo particular. É a voz literária dos encarcerados. Encerra os capítulos expondo a vida do homem e seu entorno . O primeiro verso- sem nenhum verbo, encerra o capítulo das constatações. Aquele em que aos fatos expostos, nenhuma ação tem o poder de modificar. No último capítulo, o veredicto. E, diante dele, a profecia se une à gramática:“No princípio era o verboE tudo se desfez”É o verso como reverso da lógica e da opressão.Na prosa, a palavra é o personagem em bocas múltiplas. É a mulher, o homem, a boca seca do narrador. Em Oração Subordinada a palavra é a última instância do humano. De todo e qualquer personagem.