LIVRO Indecentes (A ragédia Humana Livro 5) PDF José Humberto da Silva Henriques

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Resumo

A Tragédia Humana, livro de título corajoso porque se contrapõe ao título dos grandes romances do excepcional romancista francês, Honoré de Balzac. Quando a cigana depôs a mão sobre o ventre de Balzac, aturdida, falou que ali naquele homem havia a concentração maioral da genialidade. Tudo reunido sobe o nome de A Comédia Humana. Esse é o grande contraponto dessa maravilhosa obra de fôlego excepcional. São 10 volumes com esse título. A Tragédia Humana nasce no Brasil, bem longe dos paramos daquele mundo francês de colheita extraordinária. Entretanto, cada volume traz um subtítulo distinto, o que de outra forma não teceria qualquer possibilidade de se fazer a leitura de tamanha obra. De forma quase didática os volumes surgem para o leitor. Esse romance tem uma densidade de considerável matiz. O texto é purificado e banido de palavras que possam ser dispensadas. Há que se considerar que esse volume, que embora pareça ser dono de superfluosidades, não carrega esse vínculo com o cansaço da escrita ou para a leitura. Marionetes, bem como toda A Tragédia Humana, trata dos bastidores da política e da sociedade no Brasil contemporâneo. A impressão que se tem é que esse tema envolvente – país corrupto como outro não há no mundo – acaba se degenerando, ou mesmo se aprimorando, para a introspecção sem velamento algum. Essas personagens são donos de alma palpável. A individualidade de cada uma é vasculhada até a proximidade da sensação física de sangue. Surgem as incoerências próprias da relação do Homem com o Poder, de sua relação com o Dinheiro e com os outros Homens. Esta é uma obra de vigor e que vai permanecer para sempre nos anais da Literatura Universal. Não se trata somente da análise escarafunchada do Brasil. O tema é universal. Porquanto escatológico, justifica a obra inteira o nome que tem. Em alguns momentos chega a ser lírica, mormente quando se enovela com os ditames da alma feminina e sua grandeza exponencial. O autor se rende a esse tipo de envolvimento. Uma coletânea desse porte jamais poderia ter sido escrita por um escritor qualquer. Isso demonstra a grandiosidade desse autor que é ainda muito pouco conhecido em terras de cá, as tupiniquins. Ocorre que esse livro, todo o conjunto dos 10 volumes, deveria mesmo ser lido por quem gosta de literatura de altíssima qualidade. A Tragédia Humana, sendo deveras corajoso e quase herético o título, depois de lido, demonstra que tudo cá está bem posto. E a Comédia passa a vigorar em um prato da balança pleno de contrapontos. Esse livro surpreendente romanceia a vida de JK, de Oscar Niemeyer, de Pedro Ludovico Teixeira e de muitos outros ícones da história brasileira. Supõe-se que isso, ajuntado dessa maneira, seja o primeiro esboço de alguma alternativa terna para o resgate desse mundo conturbado. Esses homens são mostrados de uma maneira delicada e aparentemente sem controvérsias. Há muitas histórias em torno deles. E a relação de Juscelino com Niemeyer cai num jargão de demonstração ampla de como deveriam ser os homens de bem. Por outro lado, o romance trabalha de forma livre e alternativa com per4sonagens absolutamente fictícios. É uma história que poderia ser chamada de escatológica – nesses termos políticos poderia ser escatocrática -, isso se fossem dela retirados os lirismos convencionais de um texto que tenta colocar num espelho a vida social e política do Brasil. Com a explosão de escândalos que ocorreu no Brasil nesse ano de 2016, ao contrário do que se podia esperar, A Tragédia Humana se engrandeceu, a ponto de se tornar um livro de leitura obrigatória. Segundo JH Henriques, os políticos continuam tendo alma e nada justifica nelas tamanha avidez por furto. Por tudo quanto é tipo de desmando e favorecimento. Coisa real.