LIVRO áriA centenáriA: antologiA poéticA PDF OBDIAS Alves de ARAÚJO

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Resumo

PREFÁCIOÀs vésperas de completar três décadas do lançamento de “Apologia”, seu primeiro livro de poemas vindo à luz no ano de 1984, seguido três anos depois de “Praça, Pinga, Poesia & Mágoa”, Obdias Araújo volta a brindar seus leitores com esta “Ária Centenária – Antologia Poética”, reunindo o que de melhor produziu nesses anos de caminhada pelas sendas nem sempre amenas da vida e da poesia. Mas não esperem nenhuma mudança radical, inclusive na estrutura dos poemas escritos, exclusivamente, em versos livres e brancos, isto é, desprovidos de métrica e rimas. E aqui cabe um parêntesis para dizer que Obdias Araújo não só conhece como compõe poemas clássicos como poucos, sendo exímio trovador, cordelista e sonetista, composições que não aparecem em nenhuma de suas obras.Em Ária Centenária continua o mesmo lírico incorrigível que conheci a décadas, apenas um pouco mais magoado e menos sarcástico que em Praça Pinga Poesia & Mágoa sem, contudo, perder o bom humor, como no poema “o roubo do Velho Forte”.Como a imparcialidade é coisa que não combina com o ser humano, qualquer elogio que eu faça ao autor e obra, pode soar falsa para quem sabe da amizade que nos une há décadas, razão pela qual faço questão de pinçar trechos de textos de dois autores de insuspeita competência no mundo das letras, os saudosos poetas Álvaro da Cunha e Alcy Araújo. Começo com Álvaro da Cunha sobre “Apologia”: (…) Saibam que celebro e comemoro o Obdias, primeiro porque me entusiasma, tribal e gregariamente, ver crescendo, renovada, a raça dos poetas. E depois porque o Obdias é realmente bom. Sabe das coisas. ” E prossigo com Alcy Araújo comentando em uma crônica o livro “Praça, Pinga, Poesia & Mágoa: (…) “Um livro extremamente musical, não fosse ele flautista, capaz de entender sabiás e vozes que vem do mar e batem nas pedras da praça, quando as tardes começam a agasalhar pássaros. Há uma herança cósmica em seus versos e um odor de bêbados em seus caminhos demarcados por passos dos que se esquecem de ficar em casa e penduraram pensamentos estuprados por mágoas infinitas, nas alamedas do seu mundo, povoado de bancos, estátuas e coretos, que se escondem por trás de canteiros enverdecidos. (…). É assim o livro de Obdias Araújo, poeta das praças, do mar, das aves, da solidão incontida de amores conquistados e perdidos…”. Já foi dito alhures que os prefácios são absolutamente desnecessários, que pouco ou nada acrescentam ao autor e à obra. Nem o próprio autor é capaz de falar de sua obra, senão a própria. Portanto, quanto mais breve eu for neste comentário, mais tempo terá o leitor para descobrir quem é Obdias Araújo e a que veio. E dizer muito obrigado ao Poeta por mais esse filho largado à própria sorte para a alegria de todos os que fazem da palavra sua própria razão de ser e estar no mundo.-Antônio Juraci de Almeida Siqueira