LIVRO A GAROTA DA PISCINA: A extra-terrestre PDF Afrânio Bastos
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Resumo
“ A quem primeiro ler esta carta que eu muito sofri para escrever eu peço que ela seja publicada para que o mundo a veja e reflita antes de tomar indesejadas e injustas decisões como as que foram tomadas contra mim. Dei à luz uma criança, uma linda criança, hoje, agora a pouco, sozinha, chorando muito, sofrendo muito… Dei à luz a uma linda menina, uma linda menininha que eu estou salvando pela segunda vez… A primeira vez que eu a salvei foi quando quiseram me obrigar a abortá-la e eu não aceitei e fugi de casa…Quero que, quem a encontrar não a entregue à polícia ou ao juizado de menores ou a quaisquer conselhos tutelares que queiram se manifestar… Pelo amor de Deus me ajudem para que ela cresça sem saber desta história, que tenha uma família, que ame e seja amada e, muito mais do que isto, que seja respeitada não apenas em seus acertos pré-estabelecidos pela sociedade, mas, principalmente, muito mais principalmente, que seja também respeitada em seus “erros” inconscientes e ou conscientes que possam advir em sua vida… É com uma dor tamanha em meu coração que vou abandonar esta “princesinha” em uma porta qualquer. Tenho hoje 15 anos. Tenho pais que me pareciam maravilhosos, tenho tios que eu cresci amando e admirando, tinha amigos dos quais muita falta estou sentindo, tinha o Calvin, meu namorado a quem eu amava perdidamente e tudo acabou repentinamente… Eu lutei muito para que acreditassem em mim… Eu sofri muito quando todos me condenaram e me abandonaram à minha própria sorte… Ninguém acreditou em minha verdade, todos me condenaram, me humilharam… Meu pai me espancou muito, destruindo anos e anos de amor e de carinhos que eu, tristemente identifiquei como falsos, mentirosos e, por quê?. Por quê? Meu Deus?Certo dia, eu e Calvin, meu namorado que eu tanto amava, estávamos em uma praia do Espírito Santo, em Anchieta junto com familiares dele e meus. Certa noite todos nossos parentes foram para uma boate e, nós dois, eu e Calvin, e nosso amor que parecia verdadeiro, ficamos sentados em uma praia deserta da cidade de Anchieta. Era noite e a beleza do mar se confundia com o estrelado manto celeste que nos cobria. Repentinamente uma intensa luz azul ofuscou toda a romântica paisagem nos assustando muito. Depois de alguns segundos de angústia, insegurança e incerteza, vimos uma imensa nave pousando na praia e dela saindo um ser diferente de nós, visivelmente diferente dos terráqueos. Saímos correndo amedrontados e, no desespero, acabei tropeçando e caí. Angustiada, eu gritei muito, implorei por socorro e meu namorado, Calvin, nem olhou para trás, abandonou-me e eu fui sequestrada pelos extraterrestres. Dois dias depois fui devolvida na mesma praia. Várias experiências foram feitas comigo. Dezenas de vezes, em dois dias, por seres diferentes, eu fui violentada sexualmente.Corri para casa e fui muito molestada por meus pais. Eu ficara dois dias desaparecida, sem dar notícia e ninguém acreditou em minha história, pelo contrário, fui ridicularizada por irmãos, vizinhos, amigos, colegas de escola e até alguns professores que eu tanto admirava. Meu namorado, Calvin, desapareceu. Ninguém sabia de seu paradeiro. Ele que era minha única testemunha, sumira misteriosamente. Eu estava sozinha, chorava implorando socorro e ninguém me ouvia, nem minha mãezinha que eu tanto amava. Algumas semanas depois a coisa se complicou quando descobrimos que eu estava grávida. Fui tão humilhada que eu não resisti e fugi de casa. Peguei um ônibus em Vitória e vim parar aqui (não revelo onde estamos agora para que ninguém de minha família, de uma forma ou de outra consiga tomar minha menininha de quem a encontrar hoje) onde, sem contar minha história, consegui trabalhar em lojas do comércio local e passar, sozinha, toda a minha gravidez. Obrigada e não tenham pena de mim, pois eu morri há nove meses atrás e só permaneci em pé para não matar minha criança…”