LIVRO A Filosofia do Sistema Econômico Capitalista Sobre As Cidades e Os Cidadãos PDF Renato Braga de Oliveira
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Resumo
Há muita preocupação, por parte dos homens economistas, trajando suas camisas de tecido branco puro e alfaiataria impecável, quanto ao sistema econômico e suas crises, mas pouca ou nenhuma atenção tem sido dada, por esses mesmos homens polidos e distintos, à fome das crianças nos países subdensenvolvidos ou à tristeza do trabalhador escravo do capital nos centros urbanos das grandes cidades de países em desenvolvimento. Só recentemente nosso país deixou de ser uma vasta terra com suas muitas regiões de extrema pobreza ou calamidade, os bolsões de miséria já não existem mais, entretanto o abismo da desigualde social aumenta mais a cada dia. Apesar dos problemas atuais, e mesmo sem a previsão da revolução política, do retrocesso científico e acadêmico imposto pelas políticas atuais, da precariedade e ausência de leis trabalhistas humanas, ainda assim devemos ter esperança nos dias vindouros. Muitos anos depois aprenderia com meu pai a jamais perder a fé em dias melhores, sejamos otimistas, a realidade é apenas uma parte da história, o amanhã ainda está por ser escrito. A ideia de gênio, estrela, astro, craque, e tantos outros títulos, na verdade é apenas uma falsa concepção de origem capitalista. Estes termos legitimam a ideia de que muitos são pessoas comuns que nada têm a oferecer ao mundo além de sua força de trabalho, sujeitando-se assim ao trabalho alienante e escravo, produzindo e mantendo o lucro da elite dominante. O sistema econômico capitalista atrasa o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico dos países em detrimento de uma minoria, a assim chamada elite, a classe social rica e abastada de cada nação, a aristocracia, a nata da sociedade, ao lado da monarquia, como era denominada na Europa do século XVII. O capitalismo atrasa o desenvolvimento social e humano do mundo, isso tudo quando este também não nos coloca à beira da autodestruição. Na história da humanidade o capitalismo econômico tem sido sua mão esquerda, naquilo que tange à nossa evolução. O escravo da Antiguidade deu lugar ao camponês feudal da Idade Média e recentemente se apresenta como o trabalhador assalariado. Um texto escrito ao longo de aproximadamente 40 páginas, 4 páginas com indicação bibliográfica, 12 imagens enriquecendo a sua linguagem não verbal; fotografias, ilustrações, diagramas, tabelas e gráficos sócio-econômicos estão distribuídos ao longo deste. Uma das coisas que lamento é não ter conseguido colocar neste livro as fotografias de imagens da paisagem paulistana, tão presente em meu dia-a-dia. Mesmo diante de tantos problemas sociais que estamos imersos diariamente, ainda assim, sinto-me muitas vezes maravilhado diante de cenas do cotidiano e das mutações e transformações sutis das paisagens, do amanhecer e dos pequenos pombos cinzentos banhando-se em poças de chuva, do entardecer e da luz rósea sobre a fachada das casas amontoadas dos subúrbios da metrópole, dos garotos pobres e suas roupas surradas, dos cachorros grandes e pequenos que me cumprimentam e das crianças pequenas e seus olhos curiosos. Mesmo diante de tantos problemas, as pessoas parecem inclinadas a darem um pouquinho de si em prol de um mundo melhor, de uma cidade mais humana. Não é este um livro técnico escrito por um especialista em economia ou política, nem tampouco se destina a estudantes ou estudiosos destas áreas do conhecimento das chamadas ciências humanas, ao contrário, destino este texto ao público em geral como apenas uma obra de reflexão sobre a vida na contemporaneidade e o futuro desta. Eu simplesmente havia me debruçado sobre o material documental, autora e crítico e analisado nossa atual condição. Hoje, diria Theo Van Gogh, vejo que grande parte dos problemas de convivência, entre mim e meu irmão mais novo, eram na verdade problemas impostos pelo capitalismo, pela obrigação de vivermos juntos, sob o mesmo teto, sem liberdades de espaço.