LIVRO Limerência PDF Anne Holt Muller

Victor é um homem complicado portador de Mal de Parkinson precoce, o que o faz se isolar em sua casa. Em uma tarde comum, ele é procurado por Nikolina, uma jovem que trabalha na biblioteca e que se oferece para buscar os livros não devolvidos em sua casa. Contudo, antes que Victor possa manifestar seu interesse pela jovem, ela começa namorar seu irmão mais novo e pouco depois se casam.Nikki não o ama e pouco depois se separam, ela perde o bebê que esperava, dando a Victor mais uma chance com ela, mas ele se vê tentado a agir certo com ela para que não a faça sofrer, abrindo mão dela em vista de sua relação com seu irmão.Contudo, mesmo diante da determinação de Victor, Nikolina acredita que ele é o amor da sua vida e se recusa a aceitar que o irmão ou a doença de Victor fique entre o que sentem um pelo outro. “Estávamos tão próximos que era desconfortável, assim, Victor teve de tirar o braço direito de onde estava e colocá-lo atrás de mim, e assim pude deitar a cabeça em seu ombro para que ele não visse as lágrimas que escorriam silenciosamente pelo meu rosto. Segurei sua mão esquerda entre as minhas e mantive-a perto do meu peito; ele abaixou as pernas e passei minha perna esquerda entre as dele, de modo a ficar o mais perto possível, considerando de que já estávamos o mais perto possível naquele espaço reduzido. Eu gostava de não ter mais espaço, assim, ele não poderia ficar mais distante, tanto física quanto emocionalmente, eu gostava do fato de estar tão perto que podia sentir sua respiração conforme seu peito subia e descia em um ritmo irregular.“Eu não quero que você sofra”, ele murmurou depois de longos minutos, com os lábios pressionados contra meus cabelos. “Não quero ser a causa do seu sofrimento”, algo dentro dele agonizava, eu podia sentir em sua voz, em seu corpo, em cada espasmo dele. Sua mão direita estava em meu cabelo, movia-se devagar; minha garganta estava fechada, como se todas as lágrimas me impedissem de falar como eu me sentia. Meu Deus, como eu odiava aquilo. Como eu odiava vê-lo sofrer daquele jeito. ”Não posso fazer isso com você, Nina”.