LIVRO Íntima, a verdade intima PDF Rogerlando Cavalcante

Um clássico da literatura universal é Crime e Castigo de Dostoievsky, o verso da quarta estrofe desse poema mais que resume o romance citado, diz do que nos humaniza: “a consciência não se pode fingida” – mentimos para o mundo inteiro, menos para nós mesmos: em nós, íntima, a verdade não é uma mentira escondida, é a impossibilidade de se esconder nas mentiras que dizemos. (…)No Brasil, os criminosos são sui generis: atribuem seus crimes a conspirações e a aqueles que não tomam por verdades suas mentiras.(…)A verdade é tão dolorosa, que apresentado a verdade que lhe é íntima – a verdade intima –, o mentiroso entra em luto. E vive as fases do luto, ou de que sabe que vai morre, conforme Elisabeth Kublet-Ross: a negação, a raiva, a barganha, a depressão e aceitação.(…)John Donne antecipou, sem drama, Elisabeth: “não perguntes por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”. “…a verdade/ Tem não dupla faces”.Íntima, a verdade, como sinos, intima.