LIVRO Canção do Abandono PDF Olímpio Cruz
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Resumo
“Canção do Abandono”, publicado inicialmente em 1953, é o segundo livro do poeta e escritor maranhense Olímpio Cruz. O jornalista, poeta e escritor maranhense Félix Alberto Lima diz que a obra não é um canto nem um canto tupi, como muitos outros nascidos da imaginação e sensibilidade de Olímpio Cruz. “Não se trata ainda do canto da selva que ecoaria em 1981, mas do clamor inaugural do coração do poeta, enredado em sertões e solidões”, escreve. Mais de 60 anos depois de lançado, “Canção do Abandono” ressurge agora. No livro, o poeta canta com a alma e, como quem devassa a própria morada, bamboleia entre o quarto escuro das ligeiras desventuras e o quintal com vista para o bailado das colinas.Responsável pela segunda edição do livro, publicada em 2010, o escritor e crítico maranhense Jomar Moraes, ex-presidente da Academia Maranhense de Letras, era um entusiasta de “Canção do Abandono”. “Aí pelos anos 70 do século passado, tive a satisfação de conhecer o autor de ‘Canção do Abandono’, livro que tanto me marcou, que eu jamais o esquecera, e do qual sempre memorizei sonetos, a exemplo entre outros, de ‘Beija-Flor’ e ‘Mandacaru’. A simpatia que me inspirou o livro confirmou-se reduplicadamente em relação ao poeta Olímpio Cruz, homem simples, afável, humilde e muito simpático, a quem, certa vez, tive a oportunidade de informar: ‘O senhor foi um dos poetas prediletos de minha juventude’. E mais não disse, nem ouvi do poeta, além de um embargado: “Saber disso muito me honra”. Então nos calamos, reciprocamente emocionados”, escreveu Jomar Moraes.Sobre o AutorOlímpio Cruz nasceu em Barra do Corda (MA), em 20 de outubro de 1909, e faleceu em Brasília, no dia 11 de junho de 1996. Poeta, escritor e sertanista, é autor de vários livros de poesia, tendo escrito ainda o romance “Cauiré Imana, o cacique rebelde”, que inspirou um documentário de televisão sobre o que a mídia convencionou chamar de “O massacre de Alto Alegre”, ocorrido em 1901, quando índios promoveram um levante contra uma missão de frades capuchinhos.O poeta dedicou grande parte de sua vida à causa indígena, tendo vivido 37 anos entre os índios Kanela, Krahô, Timbira, Guajajara, Krikati e Gavião, trabalhando no hoje extinto Serviço de Proteção aos Índios (SPI), órgão fundado pelo Marechal Cândido Rondon ainda nos anos 1940 e substituído em 1967 pela Fundação Nacional do Índio (Funai).Por conta de seu trabalho como indigenista, após sua aposentadoria, foi agraciado nos anos 1980 pelo governo brasileiro com a Medalha Nacional do Mérito Indigenista, na categoria Pacificador. É o único maranhense detentor dessa condecoração, honraria até então concedida aos irmãos Cláudio e Orlando Villas-Boas. Seu trabalho rendeu estudos antropológicos, inclusive de cientistas e acadêmicos de universidades brasileiras e dos Estados Unidos, como do Instituto Smithsonian.Olímpio Cruz foi membro da Academia de Letras de Brasília, da Academia Maranhense de Trovas e da Academia Barra-Cordense de Letras.Da sua bibliografia, destacam-se os seguintes livros:* “Puturã”, poesias, edição do autor. São Luís, 1946, reeditado em 2017, disponível na Amazon.* “Canção do Abandono”, poesias, edição do autor, 1953. 2ª Edição, organizada por Jomar Moraes, Clara Editora-Editora Legenda, 2010, reeditado em 2017, disponível na Amazon.* “Trovas Brancas”, trovas, Secretaria da Cultura do Maranhão. São Luís, 1971. Reeditado em 2017, disponível na Amazon.* “Vocabulário dos Quatro Dialetos Indígenas do Maranhão”, pesquisa. Edição da Secretaria de Cultura do Estado, Sioge. São Luís, 1972, reeditado em 2017, disponível na Amazon.* “Clamor da Selva”, Editora Thesaurus. Brasília, 1978 (1ª Edição). Reeditado em 2017, disponível na Amazon.* “Lendas Indígenas”, Editora Thesaurus. Brasília, 1980. Reeditado em 2017, disponível na Amazon.* “Cauiré Imana, o cacique rebelde”, Editora Thesaurus. Brasília, 1982. Reeditado em 2017, disponível na Amazon.