LIVRO Escritos Gnósticos Segundo Tomé: Livro de Sabedoria PDF Alexandros Benettos

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Resumo

Um conjunto de ditos, simbólicos e de difícil interpretação, o manuscrito do Evangelho de Tomé, foi descoberto em 1945, no Alto Egito. Cento e catorze ditos atribuídos a Jesus, escritos pelo apóstolo São Tomé (Dídimo Judas) ou seus seguidores. Quando os portugueses descobriram o caminho marítimo para a Índia, lá encontraram, comunidades cristãs que praticavam um tipo de Cristianismo diferente que naquelas terras se afirmava desde o tempo do apóstolo do Oriente. Escrito em grego, e em copta, assim como outros textos do Cristianismo primitivo e do Gnosticismo, cuja existência era conhecida sobretudo por menções críticas de autores que os consideraram heréticos, viessem a ser descobertos, somente em meados do século vinte, e por isto escaparam dos censores e das interpretações que posteriormente se tornaram dominantes e que foram impostas, por vezes de forma violenta. Também a ele se atribui, a Epístola de Judas, no Novo Testamento. É chamado irmão de Jesus”, pois Tiago era irmão de Jesus, e ele era irmão de Tiago. Ele é referido nos textos mais antigos como Tomé, mas a parte principal de seu nome é Judá, ou Judas, pois ambos são traduções da mesma grafia grega. Judas, em grego Iouda, é uma helenização do nome hebraico Judá, “Dídimo” e “Tomé”, mesmo que tenham sido usados como nomes, ambos significam “gêmeo”, o primeiro em grego e o segundo aramaico. Nas comunidades cristãs primitivas que seguiam os ensinamentos do apóstolo do Oriente, Tomé era chamado irmão de Jesus. Então, nessas comunidades pertencentes à chamada tradição de Tomé, essa temática dos gémeos estava relacionada não a supostas questões de parentesco, mas sobretudo com uma visão doutrinária profunda, a qual contempla o indivíduo o buscador, o caminhante, como sendo gémeo da luz divina interior, isto é, do Jesus vivo, conforme é referido pelo Evangelho de Tomé.Estando ligados à tradição, ou movimento religioso chamado Gnosticismo, há vários aspetos doutrinários importantes do Gnosticismo que não estão presentes na tradição de Tomé, o que não permite que essa escola seja definida como pertencendo ao Gnosticismo antigo ou clássico, ou à escola gnóstica de Valentino, do mesmo modo que o Evangelho de Tomé. Uma das características das obras ligadas a Tomé é a universalidade ou quase inexistência de sectarismo. A luz divina, ou o Reino, não é apenas algo ao qual o indivíduo se deve unir, mas é também uma realidade que já existe no momento presente, tanto fora, ao redor do indivíduo, quanto dentro dele, o que é afirmado inequivocamente em um dos ditos.